História da Moda: Belle Époque

A Belle Époque, que se estendeu do final do século XIX até a Primeira Guerra Mundial, foi um período marcado por um otimismo cultural e um florescimento nas artes e na moda na Europa. Durante esta era de paz e prosperidade, a moda refletiu a elegância e o refinamento da sociedade. Caracterizada por silhuetas em S e trajes ornamentados, a moda dessa época destacava-se pelos detalhes extravagantes e pelo uso luxuoso de tecidos e acessórios, capturando o espírito de uma época focada na beleza e na inovação estilística.

Era Eduardiana (1901–1910): Uma Vida de Lazer e Elegância

A Era Eduardiana, marcada pelo reinado do Rei Eduardo VII no Reino Unido, foi um período notável de sofisticação e desenvolvimento na moda, caracterizado pelo estilo de vida opulento e pelas atividades sociais da aristocracia. Este era um momento em que o vestuário não apenas expressava status, mas também servia como um indicativo sutil de riqueza e poder.

Rei Eduardo VII com sua esposa, a fashion icon da época, Alexandra da Dinamarca em 1909 - Getty Images

Silhueta em S

Um dos aspectos mais distintivos da moda Edwardiana era a silhueta em “S”, popularizada por ícones como Camille Clifford. Essa silhueta era conseguida através de espartilhos que acentuavam a cintura e empurravam os quadris para trás, criando um contraste dramático que era sinônimo de elegância da época. Vestidos com esta silhueta eram frequentemente vistos em eventos sociais importantes e retratados em retratos da época, destacando o ideal de beleza feminina.

Camille Clifford 1906 - Domínio Público

Tecidos sofisticados

Durante a Era Edwardiana, o vestuário era uma verdadeira demonstração de luxo e habilidade artesanal. Os tecidos escolhidos, como seda, veludo e cetim, eram notavelmente ricos em detalhes e acabamentos. Eles eram frequentemente adornados com rendas intricadas, bordados minuciosos e pérolas delicadamente fixadas, cada um refletindo o alto nível de detalhe que os artesãos da época conseguiam alcançar. Os vestidos não eram apenas peças de vestuário, mas sim manifestações de arte, com cada dobra e bordado contando uma história de sofisticação e elegância. Esses materiais e técnicas não apenas realçavam a beleza daquelas que os vestiam, mas também funcionavam como símbolos de status social e riqueza.

Mulher moderna

Durante a Belle Époque, a figura da “mulher moderna” emergiu com destaque, simbolizada pelas Gibson Girls, criadas pelo ilustrador Charles Dana Gibson. Essas mulheres eram retratadas como elegantes, confiantes e socialmente engajadas, encapsulando o ideal de beleza e comportamento feminino da época. As Gibson Girls não só definiram padrões estéticos, com seus cabelos volumosos e cinturas finas, mas também representavam um novo tipo de mulher: educada, ativa e independentemente sofisticada, desafiando as normas tradicionais com sua postura assertiva e charme descomplicado.

https://www.loc.gov/exhibits/gibson-girls-america/the-gibson-girl-as-the-new-woman.html

Eventos noturnos e acessórios

Durante eventos noturnos, os decotes dos vestidos eram mais elaborados, retos ou redondos, muitas vezes destacados com joias extravagantes. As joias da Era Edwardiana eram verdadeiras obras de arte, caracterizadas pelo uso generoso de diamantes, pérolas e pedras preciosas como esmeraldas e safiras.

Os chapéus eram elementos essenciais e variavam de boinas pequenas a chapéus de aba larga ornamentados com flores, fitas e penas. As golas altas, muitas vezes de renda ou tule, eram símbolos de modéstia e elegância, usadas tanto em ambientes casuais quanto formais.

Estes adornos não eram apenas acessórios, mas também declarações de status e riqueza, muitas vezes passados ​​de geração para geração como heranças de família.

Dinner Dress de Kate Winslet em Titanic (1997) - Foto: Reprodução/Twentieth Century Fox

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